Perdi a conta de quantos domingos tornaram-se perfeitos do teu lado.
Perdi a conta de quantos dias amanheci no teu quarto,
desejando boa noite infinitamente.
Perdi a conta de contas vezes jurei amor a teu dedo mindinho,
quantas calcinhas suas repousaram no meu chão,
Perdi a conta dos dias úteis anulados pela falta de concentração por teu cheiro de alecrim doce levemente impregnado nos cabelos do meu braço. Perdi a conta de quantas vezes rimei amor só contigo. Perdi a conta das frases intercaladas com pequenos beijinhos que disse perante teu olho, bem de perto. E também de quantas cores outonais já contei na tua íris.
Perdi a conta de quantas vezes te proíbi de ir embora, mesmo sem roupa limpa alguma pra vestir. Perdi a conta das novas canções que aprendi de cor que carimbam teus gestos meigos e femininos no meu pensamento. Perdi a conta de quantos sorrisos convincentes já hidrataram minhas manhãs. Perdi a conta de quantos sabores seletos já senti no sal da tua pele.
Perdi a conta de quantos cabelos castanhos já deparei emaranhados no meu travesseiro, nos meus ombros, no meu ralo.
Perdi a conta de quantas vezes te proíbi de ir embora, mesmo sem roupa limpa alguma pra vestir. Perdi a conta das novas canções que aprendi de cor que carimbam teus gestos meigos e femininos no meu pensamento. Perdi a conta de quantos sorrisos convincentes já hidrataram minhas manhãs. Perdi a conta de quantos sabores seletos já senti no sal da tua pele.
Perdi a conta de quantos cabelos castanhos já deparei emaranhados no meu travesseiro, nos meus ombros, no meu ralo.
Perdi a conta de quantas semanas já torci pra acabarem,
de quantas sobremesas já me lembraram você no balcão da confeitaria,
de todos os ritmos que já embalaram nosso sexo.
Perdi a conta de quantas vezes insinuei te mudares pro meu apartamento.
Perdi a conta de quantas vezes insinuei te mudares pro meu apartamento.
Perdi a conta de quantas vezes tu disse que me amava
e logo pediu desculpas na prerrogativa de que amor é fábula.
Perdi a conta de quantas vezes adorei tua cara de sono,
de todas as vezes que joguei cigarros teus pela janela,
de quantos prazeres óbvios perderam o sentido sem você por perto.
Engraçado, a única coisa que nunca perco a conta é de quanto tempo
Engraçado, a única coisa que nunca perco a conta é de quanto tempo
faz que tu sai daqui e demora pra voltar,
me esfaqueando com a agonia boa da saudade.
No placar do momento, tempo hábil pra escrever esse texto: 32 minutos.
Caras como eu